O URSO E A PANELA

O URSO E A PANELA



Certa vez, um urso faminto perambulava pela
 floresta em busca de alimento.
A época era de escassez, porém, seu faro aguçado
sentiu o cheiro de comida e o conduziu
a um acampamento de caçadores.
Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento
 estava vazio, foi até a fogueira, ardendo em brasas,
 e dela tirou um panelão de comida.
Quando a tina já estava fora da fogueira,
 o urso a abraçou com toda sua força e enfiou
 a cabeça dentro dela, devorando tudo.
 Enquanto abraçava a panela, começou a
perceber algo lhe atingindo.
 Na verdade, era o calor da tina...
Ele estava sendo queimado nas patas, no peito
 e por onde mais a panela encostava.
O urso nunca havia experimentado aquela sensação e,
então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo
 como uma coisa que queria lhe tirar a comida.
Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto
 rugia, mais apertava a panela quente contra
 seu imenso corpo.
Quanto mais a tina quente lhe queimava,
mais ele apertava contra o seu corpo e
mais alto ainda rugia.
Quando os caçadores chegaram ao acampamento,
 encontraram o urso recostado a uma árvore
próxima à fogueira, segurando a tina de comida.
O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram
 grudar na panela e, seu imenso corpo,
mesmo morto, ainda mantinha a expressão
 de estar rugindo.


Quando terminei de ouvir esta história, percebi que,
 em nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas
coisas que julgamos ser importantes.
Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam
 por fora e por dentro, e mesmo assim, ainda as
julgamos importantes.
Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca
 numa situação de sofrimento, de desespero.
Apertamos essas coisas contra nossos corações
e terminamos derrotados por algo que tanto
protegemos, acreditamos e defendemos.
Para que tudo dê certo em sua vida, é necessário
reconhecer, em certos momentos, que nem sempre
o que parece ser o melhor vai lhe dar condições de
prosseguir, de ser feliz.
Tenha a coragem e a visão que o urso não teve.

Solte a panela!
Não devemos ignorar a atitude de Isaque nesse drama. O garoto poderia ter fugido, mas em vez disso deixou o pai amarrá-lo sobre o altar e aguardou a morte.

No fim, ele morde como serpente e envenena como víbora. Provérbios 23:32


No fim, ele morde como serpente e envenena como víbora. Provérbios 23:32
O noticiário aquele dia apresentou uma história estranha. Uma mulher morreu depois de ter sido picada por uma cobra venenosa. Ela dirigiu sozinha até a sala de emergência mais próxima (para o espanto da equipe médica), mas faleceu alguns dias depois de lutar contra o veneno mortal.

A polícia foi à casa da vítima para capturar a víbora, tomando precauções para se proteger. Dentro do local, não encontraram apenas uma víbora, mas outras serpentes em gaiolas, além de uma grande quantidade de animais exóticos.

Estranho? Sim e não. Antes de julgarmos essa pessoa, talvez devêssemos perguntar-nos se as víboras e outras criaturas exóticas encontram abrigo em nossa vida.

Ao advertir contra o poder sedutor do vinho, o sábio Salomão descreveu o cintilar dessa bebida no copo e a maneira como escorre suavemente, mas lembrou: “no fim, ele morde como serpente e envenena como víbora” (Pv 23:32).

Fico imaginando o que levou aquela mulher a manter cobras venenosas em sua casa. Talvez tenha sido sua aparência. Já vi víboras, como a víbora de Russell da Índia, cuja pele é composta por sequências complexas. Talvez tenha sido a adrenalina de manter um animal que apenas com uma picada podia levá-la à morte. Qualquer descuido e já seria tarde demais.

O pecado é como a víbora. Um pecado acariciado é como uma víbora de estimação. Sabemos que é mortal. Falta de conhecimento não é o problema. Mas o mantemos mesmo assim em nossa de casa. Ninguém mais sabe que ele está lá e o quanto o achamos atrativo. Talvez várias outras criaturas perigosas e peçonhentas encontrem abrigo em nossa vida.

Quem sabe seja exatamente o exemplo dado por Salomão – o álcool. Ou talvez as drogas. Ou a pornografia. Não importa o que seja, ele morde como serpente e envenena nossa vida eterna.

A graça de Deus é a graça que tudo supera. Ele deseja que caminhemos na plenitude da nova vida ao permanecermos nEle. Mas temos nosso papel a desempenhar. “O que nós não vencermos nos vencerá, operando a nossa destruição. [...] Um mau traço de caráter que seja, um só desejo pecaminoso, acariciado persistentemente, acabará neutralizando todo o poder do evangelho

Livre-se dessa víbora antes que ela o mate!
Saudade é o preço que se paga por viver momentos inesquecíveis.